Para não ficar pela metade, vivo minha versão inteira por meio da poesia. Eu me confesso publicamente.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Em burilação
Temo, talvez, pela minha imensidão. Por isso é lento o modo como me organizo. Neste indo sem tempo navego sem leme, sem pressa e só. Revelar-me é tarefa árdua, é garimpagem. Sobre a minha bruta realidade, labuto na lavra até enxergar a essência, que há de ser farta. Tenho esperança, tenho energia, mas por vezes me falta anteparo: dá preguiça e disperso - pois é duro ser difícil me achar. Não estou pronta, eu penso. Há em mim o que preciso? Eu não sei. Nunca soube de coisas a não ser sentimento (que, ao final, não enche barriga) então, simplesmente digo: estou com medo de ter ainda mais coragem, estou na corda bamba. Esqueci do "até então"? Porque quero e não desejo mais lembrar. Escrevo do interno e do futuro e gosto tanto do processo que evito seu fim. Preciso de contenção, de gente me apontando o caminho e me levando pela mão, sem me tirar do ar. Estou sem fôlego e feliz: é bom estar investida e despir-me assim, devagar.
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Rimã, to igual a você!!!rsrsrs
ResponderExcluirte amooo
Niela
My friend, tuas palavras decifram com precisão o nosso momento...
ResponderExcluirBeijos!
Filha: Que eu possa servir de anteparo sem te tirar o ar e nem me perder junto com você.
ResponderExcluirTe amo,
Mãe