Era forte a tempestade
muito vento
mar batendo nas pedras
folhas rangendo seus dentes.
À cadeira, na calma de uma grama verde,
a mulher intacta me olhava revirar as entranhas:
“Um homem que me salve, um homem!” -
era a busca de uma força mais bruta que a natureza.
O desespero de acordar
o desejo de dormir
acordar e dormir,
acordar e dormir.
As lágrimas no travesseiro transbordam as fronteiras
Vontade de sentir a bacia, as pernas,
o pé, a terra.
Ereta, braços levantados
‘Sou Eu, sou Eu esta mulher
um corpo em profusa imaginação’.
Não morro disso
Não mato,
Eu vivo.
Para não ficar pela metade, vivo minha versão inteira por meio da poesia. Eu me confesso publicamente.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Crescer
A gente perde:
O peito
O dente
As roupas
Os brinquedos
O olhar generoso
O riso de graça
O perdão das falhas
A crença nas fadas.
Crescer é uma árvore de tronco grosso brotando no peito por dentro:
Vai sugando a água, rompendo as vigas
Quer vento, sombra, comida
Traz rumo e quer que a gente siga.
Crescer não é linear:
Tem vontade de brincar
Medo inesperado
Cantiga no chão em roda
Massinha
Tem a gente deitando de conchinha
Alma entrelaçada
Lágrima enxugada.
Crescer é eterno processo:
O ganho da razão
O trabalho
A diferença entre o certo e o errado
A emoção vibrando, mantendo o seu espaço
A largura do abraço
A vitória da criação.
A escolha: nossa vida em nossas mãos
Corpo, mente, coração
Essência, natureza, aquisição
Tudo numa roda-gira-mundo
Dentro- fora
Simples - profundo
Neste diálogo multidimensional.
Crescer é o inteiro da gente ganhando a terra, o sol, a lua, o ar.
É continuar sonhando
Mas ter o passo de realizar.
O peito
O dente
As roupas
Os brinquedos
O olhar generoso
O riso de graça
O perdão das falhas
A crença nas fadas.
Crescer é uma árvore de tronco grosso brotando no peito por dentro:
Vai sugando a água, rompendo as vigas
Quer vento, sombra, comida
Traz rumo e quer que a gente siga.
Crescer não é linear:
Tem vontade de brincar
Medo inesperado
Cantiga no chão em roda
Massinha
Tem a gente deitando de conchinha
Alma entrelaçada
Lágrima enxugada.
Crescer é eterno processo:
O ganho da razão
O trabalho
A diferença entre o certo e o errado
A emoção vibrando, mantendo o seu espaço
A largura do abraço
A vitória da criação.
A escolha: nossa vida em nossas mãos
Corpo, mente, coração
Essência, natureza, aquisição
Tudo numa roda-gira-mundo
Dentro- fora
Simples - profundo
Neste diálogo multidimensional.
Crescer é o inteiro da gente ganhando a terra, o sol, a lua, o ar.
É continuar sonhando
Mas ter o passo de realizar.
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