quinta-feira, 17 de maio de 2012

Identidade

Era forte a tempestade
muito vento
mar batendo nas pedras
folhas rangendo seus dentes.
À cadeira, na calma de uma grama verde,
a mulher intacta me olhava revirar as entranhas:
“Um homem que me salve, um homem!” -
era a busca de uma força mais bruta que a natureza.
O desespero de acordar
o desejo de dormir
acordar e dormir,
acordar e dormir.
As lágrimas no travesseiro transbordam as fronteiras
Vontade de sentir a bacia, as pernas,
o pé, a terra.
Ereta, braços levantados
‘Sou Eu, sou Eu esta mulher
um corpo em profusa imaginação’.
Não morro disso
Não mato,
Eu vivo.

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