E de vez em quando a gente
cruza uma fronteira pra descobrir que elas não existem. A alma rasga no corpo. O
grito sobe a canela. Um bicho solto. A fogueira sã. O rosto se alinha ao caso
de que não há morte que nos separe em
fatos, morte alguma,
apenas restos derramados recompondo a vida. O ser perplexo de perpetuar num
todo nunca igual estira sua fonte. O espelho quebra. A mão se firma sem sombra.
Nenhuma moldura possível. Cabelos embaraçados. É sangue, puro sangue, corte, lucidez.
A dor que nunca acaba celebra todo nascimento possível. Nascimento todo. Crista.
Prazer.
O choro vence para a grande gargalhada.
O corpo ereto,
braços abertos,
dança a festa do viver.