quarta-feira, 24 de junho de 2009

Expulso de casa

Chega!
Saia já do meu poema!
Descontamina o meu sentimento com seu tema
Pois estou cheia de viver no papel.
Já que você não vai promover ato
Vai ficar aí, me lendo
Gozar te vendo desenhado na escrita, some daqui!
Abra agora espaço para outro macho existir
Nem que eu tenha que fazer despacho, canção, reza ou oração, você vai sumir.
Ora bolas! Que intenção é essa de me ver sucumbir sem me fazer praticar o amor
Sem me deixar desfrutar do prazer de ti
Esfregar-se em mim
Olharmo-nos em meio a multidões
E sonhar com inesperados amanhãs?
Se você já martelou a sentença dos dias que virão
Para que continuar objeto do meu texto-canção
Com este tom de casamento de alma
De saudade do não vivido
De encontro partido?
Se você não quer ser meu homem
Escolheu não ser cor no meu quarto
Flor no meu caminho
Sai do meu ninho
Desabita meu coração
Arranca esta esperança do meu peito!
Eu vou chorar, chorar, chorar muito
Mas essa água há de lavar minha decepção
Deixar novinha em folha a minha poesia
Novos personagens ajudarão traduzir em versos o meu conteúdo.
Jamais serei apatia
Nunca me faltará tesão
Agora, quanto a você, eu não sei não!

4 comentários:

  1. Com esse teu tempo paixão fora do mundo dos calendários, com tuas palavras sem datas, mas com muitos brocados, atravesso o dia de inverno vendo o quanto de calor todos trazemos dentro de nós, e a coragem do ato de dizer chega é o cartaz que estampamos no cinema rua de nossos sonhos. Valeu pelo sol no dia. Bjs.

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  2. Chega pra lá! Muito bom dar um basta na situação.
    Viver em cima do muro é muito século passado. Gostei, muito bom Carla!
    E adorei seu comentário lá no meu blog.
    Bom saber que as sensações das pessoas se parecem e que todo mundo tem Domingos assim como o que tivemos.

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  3. Adorei!!! Intenso, verdadeiro...parece até que escutei este grito apertado no peito!!!Bjs, Ana Paula

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