terça-feira, 19 de maio de 2009

Poesia e vento

A palavra venta
E a escrita se apruma
Me convidando pra velejar.

Eu, na minha forma de mulher vento
De mulher nuvem
De mulher mar
Toda envolta em seios
E beijos de amar
Me solto na dança das ondas
E das pernas de enroscar.

Líquidos-língua
Pele que encosta
Tempo que ensina um corpo caminho, e eu aprendo:
Registro ventanias
Brisas no rosto
Noites de luar e lençóis
Com banho quentinho bem de manhã.

Eu quase não quero acordar
Mas a palavra chega
Nem pede licença
Me seduz e me traz um poema...

Luz no meu coração
Não tenho como negar
Ao sono, peço perdão
Palavra vai ventar.

4 comentários:

  1. Aqui estou.
    Tô adorando os seus poemas.
    Já linkei e tô seguindo :)

    Beijos!
    David Lima.

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  2. "Eu, na minha forma de mulher vento
    De mulher nuvem
    De mulher mar
    Toda envolta em seios
    E beijos de amar
    Me solto na dança das ondas
    E das pernas de enroscar"

    Como uma linda sereia, você me seduz com esses versos tão belos. Me rendo à tanta sensibilidade e ao desejo também despertado de dançar nas suas ondas e de velejar na sua brisa.

    Beijos

    Jair

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