terça-feira, 25 de agosto de 2009

Expectativa

“Eu amo a minha escola!”
Ele exclamava bem em frente ao portão
Depois da esticada das férias
(por coisa esquisita na população)
Era o dia do reencontro
Da retomada do quintal da sua vida de aprender a ser cidadão
Manhã seguinte de parque
De árvore
De amigos
De muito beijo de mãe - por vezes sonho ter estoque de selar e não é que acontece!
Esse jeito pele de amar
Jeito meu
Deixa nele uma marca
Um excesso.
Tenho dias de transbordar
Um moinho no coração:
Pôr do sol, paisagem de mar,
Vôo rasante e de alto de céu
Língua que toca bem na boca do meu estômago, do friozinho que dá
Horas de abraçar...
Pensamentos de sexo que prefiro nem relatar!
E uma madrugada inteira gestacionando palavras
Até que às 5 da manhã
Na beira de dormir
Ocorre o parto
Na lembrança do que outro dia ouvi:
“Vocês mulheres inventam essas historinhas e nos põe de personagem, sem nem nos avisar!
Caraminholas, camisolas, calcinhas, champagne, viagens, banhos quentes, declarações
Ora, tem coisas que nem precisam presságio...
Além do mais,
O que seria dos poemas?
Qual seria a função da minha imaginação se não fosse essa de fabricar as minhas coisas de imaginar?
Eu vivo:
Mãe, não só - também mulher de amar
Numa seqüência circular e sem fim.

Um comentário: