Sempre me ocorreu chover as palavras e, ao final, dar título ao poema.
O título é aquele trecho que apreende o poder do texto e que, na maioria das vezes, vem de pronto, como um ponto, um resumo da cadência astral.
Nem sempre os itens do batizado estavam explícitos, mas o título é, digamos assim: o maestro, aquele que prepara o coração para o ritmo, harmoniza os meus pontos ambíguos, e transpira o todo unido.
Acontece que no meu processo escrito, tem havido uma subversão: tenho parido títulos ainda sem poemas nas mãos – assim:
“Estou sentindo”
“A grande coragem de dizer eu te amo”
“O que faltou lhe dizer”
“A leveza de um sentimento”
Que venha agora o enredo
O lastro da criação
Uma vida natural.
Subtítulos. (De Carla Vergara)
ResponderExcluirEstou sentindo
a grande coragem de dizer: eu te amo!
A leveza de um sentimento,
o que faltou lhe dizer. (pode trocar o dizer por algo pra não ficar repetitivo)
Mas isso já é um poema!
Desculpe intrometer-me, mas...
Ordenando tudo, é um poema pronto oras!
Quer agora fragmentar versos em títulos?
Concordo com David que seus títulos já são poemas prontos. risos
ResponderExcluirMe identifiquei muito, pois também sempre pari poemas inteiros e só depois, seus títulos.
Adorei. Beijos!
Eu ia dizer que às vezes é só o título que precisa ser dito. Nada mais. Está tudo ali. Mas li o David e concordo. Diria que o poema estava sem coragem de se juntar, mas seu amigo juntou para você! Adorei isso.
ResponderExcluirOh, David, que provocação, hein... veja no que deu - rsrs
ResponderExcluirValeu o coro da Jac e da Dani!
Bjs mil