sábado, 15 de março de 2014

Sábado

Acordo cedinho, seis da manhã.
Já sei o que ele vai querer de café mas a minha vontade é encher a mesa: pão, leite, suco, frios, frutas.
Levanto. Penso em caminhar.
Vasculho coisas na Internet.
Encontro no meu e-mail um poema lindo que uma amiga enviou.
Leio três ou quatro notícias pela metade.
Procuro opiniões das pessoas que respeito, mas no caminho é tanta baboseira que cansei!
Escolho short, camiseta, tênis, a ideia do movimento não me deixa.
Vislumbro formas de dar vazão ao meu desejo, ao meu trabalho, à minha existência, canso de novo e decido: vou caminhar já!
Mas sento pra escrever porque percebo o instante grávido de algo
a poesia rondado, prestes a nascer.
a poesia do encontro, prestes a nascer
a poesia da experiência, prestes a nascer.
Não gosto de ler o que escrevo,
mas sinto, vivo e vejo que, dita com meu corpo,
ela tem poder.

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