sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Consumação

Botei anel de noivado
O fato se faz consumado
Lento, mas sem atrasos
Decisão pelo tempo passado
Sonhos em série
Frios no fundo da alma
Retiro a coragem do prazer dos pulos e das cordas bambas
Ando de sombrinha e de saia rodada
Pelo luar brilhante e apaixonado
Das noites sem fim
Dia claro se faz dentro de mim
Pelos erros e seus reparos
Pela vista que vai longe
Pelo simples que é ouvir meu coração e saber que o trajeto é certo
Da rede dos laços, quem poderá duvidar?
Da sede do novo, quem irá subtrair a minha língua?
Eu, que faço das flores espada
Desfruto da pequena conquista
Por singelo passo
Pelo caminho, que é vasto,
Sigo ereta
Repleta de dança
Sincera comigo
Comemoro por dentro
De cabeça descansada
O grande salto
Sono tranqüilo e pensamento fértil
Estou prestes a parir
Filho tão desejado
Parte minha amadurecida
Gerada sem licença e com certeza
Amada por mim.

3 comentários:

  1. Leio e me vejo "fazendo das flores espada", e comemoro contigo a fertilidade dos pensamentos para diminuir as cordas bambas.
    Saudades consumidas.

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  2. Gostei muitíssimo do espaço! Vale acompanhar!

    =)

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