
Na última segunda-feira, feriado muito ensolarado no Rio de Janeiro, me enchi de propósito e compromisso para que o meu filho aprendesse a andar de bicicleta. Ordenei que tirasse a camisa e iniciei com as principais instruções: manter o braço firme, o corpo sempre reto, pedalar bem forte e seguir olhando pra frente.
Foi então que me dei conta da quantidade de movimentos que precisamos equilibrar para que haja o tal deslize sobre as duas rodas.
Rajada de brisa no rosto. Rastro de liberdade. Pernas para a autonomia do caminho e do caminhar. Sobre isto irei aprender. Sobre isto irei ensinar.
Lembrança da minha infância marcada no centro de uma das pernas: certo dia carreguei uma amiga na garupa em “alta” velocidade, numa estrada de paralelepípedo. A idéia era voar com o impulso do quebra-mola. Ele veio e a gente foi: justo de joelhos no chão. Lavagem que ardeu na alma pra tirar toda aquela sujeira. Doeu, mas nunca mais desistimos.
Segurando por trás do banco, na parceria para a decolagem, tudo isso me ocorreu ao suor da ressaca de sambinha na noite passada.
“Você já está conseguindo!”, eu disse, e seu corpo se firmou para o desafio. O meu sonho se prestava para realidade, assim como as minhas mãos que fugiram do seu bumbum. De repente ele foi... juntou num passe de mágica: o firme, o sempre, o forte e a frente. Voou.
Rimos pelo meio no nosso medo, jogando a poeira para trás.
Na primeira reta sozinho deparou-se com um cão dormindo e o atropelou. Esqueci de ensinar a frear e que a vida anda, corre, pára e pode até voltar atrás. Surgi pra evitar a mordida, que eu também poderia cuidar.
V.I.T.Ó.R.I.A - foi isto que o seu olho sentiu naquele sorriso final: EU CONSEGUI!
Meu coração me cedeu este carinho eterno. Agradeci.
A primeira vez de andar de bicicleta do meu filho ainda teve um nome de batizado: Dia da Independência, em 07 de setembro de 2009.
Memória para eternidade: isto eu não esqueço jamais.
Foi então que me dei conta da quantidade de movimentos que precisamos equilibrar para que haja o tal deslize sobre as duas rodas.
Rajada de brisa no rosto. Rastro de liberdade. Pernas para a autonomia do caminho e do caminhar. Sobre isto irei aprender. Sobre isto irei ensinar.
Lembrança da minha infância marcada no centro de uma das pernas: certo dia carreguei uma amiga na garupa em “alta” velocidade, numa estrada de paralelepípedo. A idéia era voar com o impulso do quebra-mola. Ele veio e a gente foi: justo de joelhos no chão. Lavagem que ardeu na alma pra tirar toda aquela sujeira. Doeu, mas nunca mais desistimos.
Segurando por trás do banco, na parceria para a decolagem, tudo isso me ocorreu ao suor da ressaca de sambinha na noite passada.
“Você já está conseguindo!”, eu disse, e seu corpo se firmou para o desafio. O meu sonho se prestava para realidade, assim como as minhas mãos que fugiram do seu bumbum. De repente ele foi... juntou num passe de mágica: o firme, o sempre, o forte e a frente. Voou.
Rimos pelo meio no nosso medo, jogando a poeira para trás.
Na primeira reta sozinho deparou-se com um cão dormindo e o atropelou. Esqueci de ensinar a frear e que a vida anda, corre, pára e pode até voltar atrás. Surgi pra evitar a mordida, que eu também poderia cuidar.
V.I.T.Ó.R.I.A - foi isto que o seu olho sentiu naquele sorriso final: EU CONSEGUI!
Meu coração me cedeu este carinho eterno. Agradeci.
A primeira vez de andar de bicicleta do meu filho ainda teve um nome de batizado: Dia da Independência, em 07 de setembro de 2009.
Memória para eternidade: isto eu não esqueço jamais.
é bem verdade que a gente nunca esquece esse dia, esse sentimento de firmeza, liberdade, eixo, vento, medo, coragem e independência sobre duas rodas... que lindo dia pra se ter independência!!! beijos saudosos
ResponderExcluirEngraçado como passeios de bicicleta são mesmo dessa matéria inesquecível. Acho que porque são cheios de sentimentos a gente guarda cada pedalada, cada tombo e cada vitória dessas de seguir adiante.
ResponderExcluirMomento para a história de mãe e de filho!
Que lindo ver a relação de vcs através dos textos-poemas! Que satisfação! Que felicidade!
Que lindo! É como se estivesse ensinando-o a andar pela segunda vez, só que agora sobre rodas.
ResponderExcluirSuas palavras são tão emocionadas e densas que elas transportam-me para o fato narrado e pego-me lá, assistindo este momento de conquista e liberdade!
ResponderExcluirO vento no rosto, a adrenalina, o medo, a ansiedade. Tudo transformado em um único sentimento: a vitória!
Lindo!!
Beijos
Senti este dia junto com você. Mães amorosas ensinam muitas coisas boas para os filhos.
ResponderExcluirViva!
Bjs,
Tia Sylvinha
Terno texto, Carla. Quem tem filhos sabe muito bem o que isto significa. Vim aqui agradecer sua visita ao meu blog e por ter se tornado seguidora. Gostaria de saber como achou Em Questão.
ResponderExcluirBeijos,
Eduardo Lamas.
Coisa de mãe...
ResponderExcluirMe peguei num arrepio só!Dos pés á cabeça.Lindo e livre!
Lindo! Amo vcs.
ResponderExcluirEsses momentos são eternos mesmo, e se tornarão ainda mais preciosos daqui a alguns anos... quando o Lucas estiver lendo suas poesias (cheio de orgulho!)e se deparar com este. Com certeza será ainda mais gostoso e divertido se lembrar, junto com ele, desse dia de independência!
ResponderExcluirBeijos com carinho. E saudades sempre. Mel.
Muito legal. Mandei umas fotos por e-mail.
ResponderExcluirVó
Caracaaaaaaaaaaaaaa! Quando eu crescer, ou melhor, quando eu voltar ser criança, quero ser igual a você:)
ResponderExcluirBjs
Regina Bronstein & Cia
Carla,
ResponderExcluirO festa ein? E se dependesse da minha mae eu nunca tinha aprendido a andar, ela era muito medrosa, no dia que soube que eu atravessei a cidade de bicicleta (por uma avenida bem perigosa) quase teve um infarto.
Até hoje eu e meu irmao achamos que foi ela quem rasgou a nossa bicicleta todinha rsrsrrs.
Muito legal o texto.
Bj!
Lindo, li poesia.
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